TSE cassa mandato de prefeito suspeito de pedofilia no Amazonas


Ministros do TSE durante sessão que julgou contas da campanha de Dilma (Foto: Nelson Jr. / TSE)

O registro de candidatura do prefeito afastado de Coari, Adail Pinheiro, foi cassado na noite desta quarta-feira (17). Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluíram o julgamento ao analisar um recurso do Ministério Público Eleitoral (MPE) e da coligação "Coari Tem Jeito". Adail está preso em Manaus suspeito de integrar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes no Amazonas.
O TSE acatou recurso que pedia a anulação dos votos do prefeito, na eleição de 2012.  O documento tinha como base a Lei da Ficha Limpa. Adail teve as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e da União (TCU). Ele também havia sido condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) por abuso de poder econômico e político em 2008
O segundo colocado nas eleições, Raimundo Magalhães (PRB), deverá assumir o cargo após o acórdão da cassação ser publicado no Diário Eletrônico de Justiça (DeJ).




O G1 tentou contato com os advogados de defesa de Adail Pinheiro, mas não teve as ligações atendidas durante a noite desta quarta-feira.
Adail Pinheiro, que está preso no Batalhão de Polícia Militar, em Manaus, é suspeito de chefiar uma rede de exploração sexual em Coari, do interior do Amazonas. Ele estava no terceiro mandato no município e responde a mais de 60 processos no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), que tramitam há seis anos.
Adail foi preso pela primeira vez em 2008 durante a Operação Vorax, da Polícia Federal, por suspeita de desviar mais de R$ 40 milhões. À época, os policiais também colheram indícios de que Adail chefiava uma rede de exploração sexual que contava com servidores públicos para identificar e aliciar as vítimas. Após passar 63 dias na cadeia, Pinheiro foi solto por determinação da Justiça.
Em reportagem exibida pelo Fantástico, novos casos encaminhados ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) vieram à tona. O último ocorreu no final de 2013. Uma adolescente afirma que estava sendo obrigada pela mãe a ter relações íntimas com o prefeito em troca de dinheiro. A menina, virgem, de apenas 13 anos, diz ter sido prometida ao prefeito para a noite do último Réveillon. 

G1amazonas

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