Conquista: Congresso aprova extensão dos prazos para encerramento dos lixões



Uma das principais reivindicações da ABM no ano de 2014, a extensão dos prazos para encerramento dos lixões, previsto pela  Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), finalmente foi atendida. A pauta estava incluída  no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 15/2014, decorrente da Medida Provisória (MP) 651/2014 que dá incentivos tributários a vários setores e renegocia dívidas e que foi aprovada no dia 29 de outubro,  no Senado.
O relator da MP na Câmara dos Deputados é Newton Lima, sócio emérito da ABM, com quem o presidente da entidade, Eduardo da Tadeu Pereira, reuniu-se para apresentar as dificuldades dos municípios em cumprir os prazos. “Há problemas como escassez de recursos e falta de capacidade técnica para encerrar os lixões e construir os aterros”, apresentou Eduardo ao relator. 
A mudança garante prazo de mais quatro anos para os municípios, o que exige que as Prefeituras implementem os aterros e encerrem os lixões até 2018 . A ABM havia apresentado ao Governo Federal, ao vice-presidente do Senado, Arlindo Chinaglia, e a Newton, um prazo escalonado, de forma que as cidades com mais de 100 mil habitantes  encerrassem os lixões até 31 de dezembro de 2016; aquelas entre 50 mil e 100 mil habitantes, até 31 de dezembro de 2017; e as menores, com até 50 mil habitantes, tivessem até 31 de dezembro de 2018. “Os municípios maiores têm mais capacidade e condições de cumprir as diretrizes e, portanto, demandam um tempo menor”, explicou Eduardo.





O presidente da ABM considera a extensão uma grande conquista. “Muitos prefeitos estavam em vias de responder por crime ambiental, arcar com multas e ter o repasse de recursos federais suspensos devido ao encerramento dos prazos e isso não iria solucionar a questão. Isso mostra uma sensibilização do Congresso em relação à causa municipalista”, avalia, destacando que apenas ampliar os prazos não é suficiente. “Essa responsabilidade não pode recair apenas sobre os municípios. Os Governos Estaduais devem cumprir o papel de elaborar estudos de regionalização para implantação de aterros e oferecer suporte na emissão das licenças ambientais. Já o Governo Federal deve  garantir aporte financeiro. A reivindicação da ABM é inserir a gestão dos resíduos sólidos como objeto do PAC 3″, propõe. (Leia mais aqui)

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