Israel mata militantes na fronteira vindos de Gaza; mortes superam 500


Corpos de oito membros da mesma família que médicos dizem terem sido vítimas de um ataque aéreo de Israel no domingo, em uma mesquita de Gaza. 21/07/2014. REUTERS/Suhaib Salem

GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Forças israelenses mataram 10 militantes palestinos que se infiltraram em Israel nesta segunda-feira através da fronteira de Gaza, por meio de túneis escondidos, disseram militares, elevando para cerca 500 o número de palestinos mortos, incluindo quase 100 crianças, em duas semanas de conflito.
Em meio a crescentes apelos internacionais por uma trégua, e um apelo do Conselho de Segurança da ONU por um cessar-fogo imediato, os jatos de Israel, tanques e artilharia continuaram a bombardear a Faixa de Gaza, tendo matado 28 membros de uma mesma família perto da fronteira com o Egito, disseram médicos.
O grupo islâmico Hamas e seus aliados dispararam diversos foguetes contra regiões no centro e no sul de Israel, e pesados combates foram relatados no norte e no leste de Gaza.
Ataques ininterruptos aumentaram o número de palestinos mortos para 496, incluindo quase 100 crianças, desde que o confronto começou, em 8 de julho, de acordo com representantes médicos de Gaza. Israel diz que 18 de seus soldados e 2 civis morreram.
Ainda nesta segunda-feira um projétil disparado por um tanque israelense atingiu o hospital de Al-Aqsa, no centro da Faixa de Gaza, matando quatro pessoas e ferindo 16, de acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf Al-Qidra.
O porta-voz afirmou que o terceiro andar abrigava uma Unidade de Terapia Intensiva e salas de cirurgia. Outros projéteis caíram no entorno do hospital, acrescentou. Autoridades pediram ajuda à Cruz Vermelha para a remoção de pacientes. Os militares israelenses não fizeram comentários de imediato sobre o hospital.
Militantes palestinos anunciaram ter capturado no fim de semana um soldado israelense na Faixa de Gaza, mas o representante de Israel na ONU negou a informação.
Apesar de pedidos do mundo todo pelo fim do pior episódio de violência entre palestinos e israelenses em mais de cinco anos, ministros de Israel descartaram a possibilidade de qualquer trégua imediata. 

Reuters Brasil

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